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10YearsChallenge: o que mudou nos últimos 10 anos do marketing digital?

9 minutos de leitura

Você pode até não ter postado (ainda) a sua foto estilosa de 10 anos atrás, mas certamente já viu alguns posts por aí com a hashtag 10YearsChallenge. E esse desafio até que é interessante.

Tanto que, além de boa parte dos seus e dos meus amigos, muitas empresas estão entrando na onda e revisitando seu passado.

E a Hubify também vai entrar na brincadeira! Mas calma, não vamos postar nenhuma foto lá de 2009 - mesmo porque ainda não existíamos.

Nós vamos relembrar com você como era o cenário do Marketing Digital muito antes do que vemos hoje em dia, e mostrar que de 2009 para cá se passaram muito mais do que 10 anos.

Vamos começar nossa viagem no tempo? Acompanhe a gente na leitura!

Redes sociais, bem antes do “Social Media”

Pois é, antes de começarmos a utilizar vários estrangeirismos misturados ao nosso português - afinal, quem never? - as redes sociais nos mostravam um mundo bem diferente daquele que vemos hoje.

Os feeds não são os mesmos, scraps e depoimentos desapareceram e as funcionalidades, então, cresceram quase que imensuravelmente.

A verdade é que se hoje elas existem aos montes, com as mais variadas motivações e para infinitos objetivos - inclusive a trabalho -, em 2009 as coisas eram diferentes: as redes sociais praticamente davam seus primeiros passos e viviam certo monopólio por parte de uma em específico, da qual vamos falar aqui embaixo.

O que falar dessa rede social...

Se você utilizou o Orkut e nunca viu um depoimento se iniciando com essas palavras, você não foi um usuário fiel da plataforma.

O Orkut, desde 2004, trazia a esse mundo da internet a possibilidade de criar uma rede de amigos e se comunicar com todos eles ao mesmo tempo, uma novidade de que muita gente sentia falta utilizando outros canais “mais modestos”, como ICQ ou MSN, à época já veteranos dos chats e canais de bate-papo.

E, se você alguma vez já falou “ah, na época do Orkut”, vai saber do que estou falando: ainda sem chat, a rede trazia os scraps como ponto forte na hora de falar diretamente com alguém, os depoimentos como forma de demonstrar admiração por outras pessoas, comunidades para encontrar gente com gostos parecidos aos seus, aqueles games super legais, como BuddyPoke e Colheita Feliz, e, é claro, os gifs animados, que desde sempre nós amamos odiar.

No Brasil, em 2009, o Orkut tinha uma esmagadora preferência sobre o ainda recente Facebook, concentrando 70% de todas as contas de redes sociais, enquanto a plataforma de Mark Zuckerberg tinha modestos 2% dos usuários brasileiros - e já sabemos que essa realidade mudou bastante e bem rápido.

No final das contas, o Orkut funcionava de maneira bem parecida ao que as redes sociais seriam 10 anos depois, com uma única - e grande - diferença: sem anúncios!

Sim, a rede social do Google era exclusivamente pessoal - pelo menos por um bom tempo -, sem perfis empresariais ou anúncios pagos, bem diferente do que conhecemos hoje.

Atualmente, o Orkut já não existe mais e deu lugar uma nova rede social, a Hello, que ainda não conseguiu se destacar no mercado.

Começando a curtir

Em 2009 nós já adorávamos as redes sociais, mas - com o perdão do trocadilho - só começamos a “curtir” mesmo quando chegou o Facebook, que logo começou a mostrar toda a sua gama de utilidades.

Contudo, a plataforma levou algum tempo até se tornar conhecida do grande público, atingindo seus primeiros números mais expressivos entre o fim de 2009 e ao longo do ano de 2010.

Para se ter uma ideia, o Facebook conquistou os 500 milhões de usuários no mundo apenas em 2010, 6 anos após sua criação, sem, ainda, ser unanimidade em todo lugar.

Em 2018, oito anos depois, a rede alcançaria os 2,6 bilhões de usuários, crescendo mais de 4 vezes no período.

Lá em 2009, era bem comum ver sites com publicações como “Entenda como funciona o Facebook”, ou que algum famoso acabava de entrar na rede social. Isso mostra que o que hoje é praticamente óbvio, em 2009 ainda era surreal.

Posteriormente, ainda surgiram serviços complementares e até as páginas comerciais, em conjunto com o potencial de segmentação da plataforma, classificando o Facebook como um importante meio para investimento em mídia e ações de Marketing Digital, exatamente o principal status da ferramenta nos dias atuais.

E as outras redes sociais?

Além das famosas citadas aqui em cima, o ano de 2009 já despontava como uma porta para o surgimento das milhares de redes sociais que existem na atualidade, ainda com nenhum ou pouco potencial comercial, mas já como um importante meio de comunicação entre pessoas e empresas.

O YouTube já tinha alguns anúncios em suas páginas, mas era menos difundido para a produção de conteúdo e investimento em mídia do que é hoje em dia, servindo mais como uma rede para compartilhar vídeos, apenas.

O Instagram, que seus amigos estão usando neste exato momento para postar fotos do 10YearsChallenge, sequer existia - seria inaugurado em outubro de 2010 - e tinha como uma espécie de precursores o Flickr e o Fotolog, que tinham a finalidade de facilitar o armazenamento e compartilhamento de fotos.

O Twitter, um dos novos destaques à época, estava em ascensão, mas ainda era visto apenas como um canal para “conversas curtas” entre pessoas, ainda sem traços da plataforma de notícias, atualizações e até SAC que viria a ser para muitas empresas anos depois.

O LinkedIn também já existia - desde 2003, aliás -, mas sua popularidade no Brasil era quase nula, sendo conhecido por pouquíssimas pessoas. Foi mesmo apenas nos últimos anos que ele se tornou popular por aqui - inclusive recebendo muita atenção na criação de anúncios -, mas desde aquela época já ganhava seu espaço em outros países.

E como era o Marketing Digital?

Naquela época, também o marketing digital começava a dar seus primeiros passos por aqui. Neste momento, termos como SEO, Inbound Marketing ou blogs corporativos sequer passavam pela cabeça de muitos profissionais da área.

Quer fazer um teste? Pesquise por “marketing digital” no Google e faça um filtro entre as datas de janeiro e dezembro de 2009. Você verá muitos materiais mostrando a diferença do marketing digital para o tradicional, e na parte de notícias, então, muitos textos gringos, e pouca exploração aqui no Brasil.

E essas áreas que tanto gostamos de trabalhar? Como será que estavam na época?

Search Engine o quê?

O nosso tão querido - e útil - Search Engine Optimization, o SEO,  já era famoso bem antes de 2009. No final da década de 1990, por exemplo, ele já era citado e começava a ser estudado por algumas pessoas.

Por aqui, já era comum ver alguns materiais sobre a estratégia de SEO. Eram menos blogs especializados, é verdade, mas alguns já se dedicavam bastante a ensinar e formar o público sobre o tema - outros, inclusive, já focavam em falar sobre a otimização de SEO para dispositivos móveis!

Vale lembrar, porém, que o comportamento do consumidor online da época ainda era bem diferente do que é hoje em dia - os smartphones, por exemplo, ainda entravam no mercado, e era bastante comum ver aqueles celulares tradicionais com teclado numérico. Por isso, os métodos e definições da época provavelmente já não funcionam no nosso tempo.

Blogs corporativos

Antes de começarem a ser explorados em larga escala e antes do Marketing de Conteúdo se tornar uma força do marketing digital, os blogs ainda não eram vistos como ferramentas úteis para empresas, tendo sua função muitas vezes associadas a um cunho mais pessoal e informal do que de negócios, em si.

Há dez anos, eles davam lugar a portais - de notícias e conteúdos em geral - e apenas alguns já bem famosos se destacavam, como o TecMundo, por exemplo.

O termo “marketing de conteúdo” ainda era bem recente e desconhecido, o que o fazia ser pouco explorado inclusive por empresas especializadas em marketing.

Hoje, como sabemos, eles são indispensáveis na hora de construir relevância e autoridade para a marca, e gerir relacionamento na hora de educar seus leads e trazer conteúdo útil a eles - inclusive, neste exato momento você está navegando em um blog.

As surpresas do Inbound Marketing

Andando de mãos dadas com o Marketing de Conteúdo, o Inbound Marketing também ainda dava suas caras em 2009 e começava a se popularizar, principalmente, pelas mãos do pessoal da Hubspot, puxando a fila dos estrategistas em Inbound.

Era praticamente impossível encontrar resultados em português para o termo, e os resultados de busca eram sempre os mesmos: especialistas e analistas do exterior explicando como funcionava esse novo recurso do marketing digital.

Hoje, o inbound é uma importante ferramenta de crescimento e, se você quer fazer seu negócio decolar de vez, vai precisar conhecer e aplicar essa estratégia.

As ferramentas do Google

Eles, sim, sempre estiveram lá. O Google Analytics e o “extinto” Google Adwords já eram utilizados em estratégias de mídia, otimização de sites e análises de desempenho e conversões.

Basicamente, já mostravam muito de sua importância estratégica para o marketing digital, que, futuramente, seria ainda melhor explorada.

Os anúncios já eram bastante comuns e apresentaram a mudança mais perceptível desde então: há mais ou menos dois anos, o Adwords deu lugar ao Google Ads, uma suíte de ferramentas e práticas de otimização que entregam experiências ainda mais completas em campanhas de anúncios e compra de mídia.

Ou seja, o Google que te ajuda hoje já era super presente - e quase o mesmo - há 10 anos.

E as agências especializadas?

Se hoje elas já são “novidade”, em 2009 eram ainda mais raras.

O comum na época era encontrar agências de publicidade que começavam a fazer seus primeiros testes no mundo digital, fazendo uma transição das mídias tradicionais e da comunicação offline.

Na verdade, a expertise em marketing digital ou marketing de performance ainda hoje continua restrita no mercado e muitas agências têm passado por fases de testes nessa “nova área”.

Lá no início do nosso 10YearsChallenge, existiam uma ou duas agências digitais que se destacavam, enquanto hoje, a gama de profissionais especializados e prontos para entregar resultados já é bem maior.

Só mais alguns bônus para você…

Quer sentir de vez que a idade está chegando? Então dê uma olhada nessas mudanças:

O WhatsApp tinha acabado de ser lançado e você, provavelmente, utilizava pacotes de SMS ou o MSN para se comunicar com seus amigos de maneira “instantânea”.

A Netflix ainda alugava DVD’s e discos de Blu-ray, entregando-os via correio, testando seu serviço de streaming exclusivamente no Xbox 360, da Microsoft.

O termo “smart TV” ainda era desconhecido: os aplicativos para TV’s começaram a surgir anos depois.

O android estava em sua versão 1.6 (hoje estamos na versão 9), a Apple acabava de lançar o iPhone 3, e sua grande concorrente ainda era a Nokia, com o sistema Symbian(!).

De volta para o futuro

E aí, já deu para entender que, na verdade, os últimos 10 anos passaram em, mais ou menos, 30 ou 40?

Muita coisa mudou de lá para cá, e o Marketing Digital vive outra realidade, tendo grande importância estratégica em negócios e se tornando, cada vez mais, uma ferramenta essencial para o aumento das vendas, estabilidade de empresas e para a evolução do mercado em si.

E se você está lendo este texto agora, parabéns! Você acompanhou toda essa evolução e está pronto para encarar as muitas mudanças - e crescimento - que virão pela frente.

Quer dar seu primeiro passo? Confira mais materiais do nosso blog e continue acompanhando nossos conteúdos, para se manter sempre muito bem atualizado!

Toda semana temos novos temas e dicas sobre marketing digital para você continuar em dia!

Esperamos a sua volta!

Ingrid Garcez
Jornalista formada pela Universidade de Taubaté (UNITAU), fanática por esportes e apaixonada por Marketing Digital. Atualmente, compõe o time de Marketing Institucional da 8D Hubify.
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