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Tecnologia: Vilã ou heroína das Startups? Especial 3ª Noite Empreendedora

7 minutos de leitura

Estamos cercados de tecnologia, certo? Mas será que ela está ajudando ou atrapalhando as empresas? Como ela pode ajudar o seu negócio a crescer?

Tecnologia foi o tema da 3ª Noite Empreendedora, que aconteceu no Cubo e contou com um grupo de convidados de peso: Paulo Siqueira (Grupo Caelum), Rodrigo Dantas (Vindi), Camilla Lopes (Mediação Online) e Omar Ajame (TEx). As entrevistas ficaram por conta dos fundadores da Hubify, Caio Sigaki e Fabio Duran, e os irmãos Leandro e Léo Campos (Synapse Business).

O evento foi dividido em três partes, começando com um exercício de networking orientado, e dois painéis com os convidados compartilhando importantes reflexões e ensinamentos que tiveram em suas caminhadas para tornar seus negócios escaláveis e de sucesso.

Separei os principais insights que obtive durante o evento neste artigo.

Pra você que não teve a oportunidade de ir, ou gostaria de um resumo da noite, confere aí!

 

Networking Orientado

Networking orientado na Noite empreendedora

Para dar início à Noite empreendedora, os irmão Leandro e Léo Campos propuseram um exercício ao público. Nele, os participantes foram orientados a se abrirem e compartilharem informações sobre eles e seus negócios.

Os tópicos abordados em grupos foram:

  • Quem sou eu?
  • O que eu faço?
  • Que solução ofereço?
  • O que estou buscando aqui?

networking orientado

O exercício, além de ajudar as pessoas a se entrosar e se conhecerem, teve como intuito o treino de falar e ouvir o próximo. A comunicação é extremamente importante em qualquer segmento em que esteja começando uma startup e é uma das chaves para o sucesso, como veremos mais à frente.

No evento anterior, alguns participantes aproveitaram para fechar negócios durante o exercício e há expectativa de acontecer novamente.

 

Painel 1 - Like a Boss

painel like a boss

 

Os convidados do primeiro painel foram Paulo Silveira e Rodrigo Dantas, entrevistados por Leandro Campos e Caio Sigaki.

Paulo Silveira é bacharel e mestre em computação pela USP, CEO do Grupo Caelum e podcaster no Hipsters Ponto Tech e Like a boss, onde tira dúvidas sobre tecnologia, programação e empreendedorismo. A ideia do podcast começou com um fórum na internet para técnicos, que até hoje é o maior em programação no Brasil.

Rodrigo Dantas é fundador da Vindi, plataforma de pagamentos focada na indústria de serviços e assinaturas. Trabalhou durante 8 anos em um banco, quando então decidiu que iria empreender.

Ambos deram visões bem distintas sobre suas áreas de atuação, educação e fintech, listadas a seguir:

Começar pequeno

Tudo bem começar com uma startup pequena, que muitas vezes é construída apenas pelos sócios. Não existe uma regra para começar a empreender e, ao contrário do que se pensa, ter muitos colaboradores no início pode ser um problema.

Quando você está começando a montar o seu negócio, a organização e a cultura da empresa ainda não estão consolidadas, elas são construídas aos poucos e muitos funcionários podem deixar as coisas ainda mais confusas.

Do corporativo ao empreendedorismo

Quando questionados sobre como foi deixar a garantia do salário fixo e os benefícios do mundo corporativo para se lançar ao empreendedorismo, ambos concordaram que o importante é ter paixão pelo o que faz. A oportunidade muitas vezes surge dentro de alguma necessidade do mercado ou problema do dia a dia profissional em que você consegue visualizar uma solução que ainda não foi executada.

O medo para seguir um novo caminho é normal e deve ser encarado como algo bom, pois a frustração de não tentar é pior.

Concorrência

Em relação à concorrência, a realidade dos segmentos diverge. No mercado de educação, na visão do Paulo, o público não percebe a concorrência de forma tão direta, pois é possível estudar em várias instituições, inclusive ao mesmo tempo. No caso da Vindi, Rodrigo pontuou que o importante é manter a boa relação, educação e ética.

Em resumo, na visão de ambos, a concorrência tem o poder de impulsionar e não deixar acomodar. Você precisa se preparar melhor e uma das melhores formas para fazer isso é monitorando a concorrência, fazendo benchmarketing e pesquisas de mercado. A tecnologia entra como uma ferramenta poderosa aqui, pois hoje em dia é possível conseguir muitas informações online, como vemos nesse artigo!

Novas tecnologias

Os convidados chamaram a atenção para um ponto perigoso para empresas que estão começando e estabelecendo métodos e sistemas: o investimento em novas tecnologias, que pouco se sabe sobre o funcionamento.

O ideal é investir em tecnologias que o mercado já aprovou e o time terá segurança de trabalhar. Nem sempre o que está na moda resolverá o problema do cliente e conseguirá entregar resultados concretos.

 

Painel 2 - Como a tecnologia está ajudando na inovação de setores tradicionais?

noite empreendedora painel 2

O painel foi comandado por Fabio Duran e Léo Campos, e os entrevistados foram Camilla Lopes e Omar Ajame. A entrevistada é sócia da Mol, a primeira plataforma de mediação online do Brasil, integrante Innovators Fellow e empreendedora com experiência internacional (Vale do Silício - Califórnia) e em vários setores, como varejista, financeiro e construção civil.

Omar Ajame é formado em Comunicação Social pela FAAP-SP e Pós-Graduado em Administração de Empresas pela FGV-SP. Possui mais de 15 anos de experiência no mercado de seguros e é sócio fundador e CEO da TEx, insurtech pioneira e líder em soluções online para corretoras de seguros.

Veja agora os ensinamento que coletei com esse painel:

Time: de Generalista para Especialista

Um ponto citado em ambos os painéis foi a importância de contratar pessoas capacitadas e com conhecimento para executar as ações, que é uma deficiência que a tecnologia não supre. As empresas são formadas por pessoas, ainda que hoje existam tantas ferramentas como chatbots e automação de processos.

Montar um time ainda é um desafio, são vários os métodos de contratação e é preciso conhecer bem o perfil que você procura. Desenvolver a cultura da empresa também é algo essencial para alinhar e reter talentos.

No começo de uma startup é comum o time ser formado por pessoas multidisciplinares, que são responsáveis por várias atividades, porém o ideal é ir aprimorando com o tempo até alcançar uma equipe de especialistas. Com cada colaborador exercendo uma função, é possível agregar valor ao produto ou serviço prestado de forma mais rápida e descomplicada.

Grandes empresas e investimentos

A transformação do meio tecnológico e digital mostrou para as grandes empresas que elas não tinham como controlar tudo, era necessário terceirizar algumas ações para dar fluxo de novas ideias e isso proporcionou uma abertura para as startups.

“Antes, as empresas achavam que sabiam tudo”, citou Omar em referência de como as grandes empresas se portavam para solucionar os seus problemas. Com o tempo, a aceitação de startups cresceu e, hoje em dia, é possível conseguir investimento ou apoio de incubadoras, tornando mais fácil o ato de empreender no Brasil.

Gestão de tempo

Constantemente vemos empreendedores que querem abraçar o mundo no começo do seu negócio. O ânimo do início faz com que nos dediquemos além do que é aconselhável e é importante saber a hora de parar. Geralmente, só percebemos o nosso limite quando chegamos nele. Isso também se aplica ao uso de tecnologias.

Camilla citou o que aconteceu com ela no início da Mol, pois eles pensaram em tudo de tecnologia que poderiam empregar ao negócio, porém não souberam delimitar o que realmente usaria. Isso demandou mais tempo do que deveria, fazendo coisas que na verdade eles não gostariam de oferecer, porém virou uma exigência dos clientes. É preciso conhecer bem os limites e serviços oferecidos que vão necessitar de ferramentas tecnológicas.

Peça ajuda!

Como dito anteriormente, a comunicação é extremamente importante em qualquer segmento ou negócio! Muitos conhecimentos que você não tem no começo e acha que todo mundo sabe, muitas vezes ninguém sabe. Essa é a graça do grande quebra-cabeça que é empreender: cada pessoa é uma peça importante para ampliar o horizonte e alcançar o sucesso.

Fazer networking pode ajudar a solucionar problemas que são encarados de forma exageradamente complexa, mas podem ser simples para alguém com um mindset diferente. Para finalizar, uma dica para iniciar o processo de networking é a de selecionar startups e empresas que você admira e entrar em contato. A Camilla diz que entrou em contato e hoje em dia recebe mentoria dessas empresas, ajudando a ver o que ela está fazendo e o que pode ser diferente para crescer.

 

Gostou das dicas e reflexões que obtive com o evento? Fique de olho nos nosso conteúdos e se inscreva na nossa newsletter!

Até a próxima!

Ingrid Garcez
Jornalista formada pela Universidade de Taubaté (UNITAU), fanática por esportes e apaixonada por Marketing Digital. Atualmente, compõe o time de Marketing Institucional da 8D Hubify.
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