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Conheça 8 tipos de intertextualidade e descubra como aplicar em suas produções

6 minutos de leitura

A intertextualidade é um tema relevante quando se fala em estratégias de produção de texto no campo semântico. Aplicar ferramentas adequadas e investir em conhecimento relevante sobre o assunto, contribui para a qualidade de suas produções textuais.

Afinal, você sabe o que é intertextualidade? Quais são os tipos e como ela se relaciona com o marketing de conteúdo? Neste artigo, você vai encontrar a resposta para essas e outras perguntas sobre o assunto. Acompanhe!

O que é intertextualidade?

Mesmo que você não produza textos, com certeza a intertextualidade está presente na sua rotina.

Os escritores buscam inspiração em eventos, experiências, personagens históricos, outros escritores, e também outros textos. E é especificamente nesta última fonte de inspiração, que a intertextualidade está inserida.

Em outras palavras, a intertextualidade pode ser explicada como a relação ou influência entre dois ou mais textos; considerando as referências existentes entre os mesmos.

Isso significa que a intertextualidade é um elemento de escrita, com o propósito de resgatar modelos e parâmetros já estabelecidos em outros textos.

Mesmo que sem intenção, acabamos utilizando essas referências de forma automática em nossas produções textuais.

É importante destacar que o elemento não está presente apenas no trabalho de escritores ou produtores de conteúdo, ele também ocorre em:

  • e-mails;
  • músicas;
  • mensagens pessoais;
  • publicações jornalísticas.

A grande vantagem da intertextualidade é que, quando usada de forma estratégica e inteligente, ela consegue enriquecer o texto, uma vez que permite explicar determinado assunto de forma completa.

E a forma mais fácil de entender o assunto é conhecendo as suas classificações e tipos. Por isso, continue a leitura e entenda como aplicar esse elemento nas suas próximas produções.

A intertextualidade e suas classificações

A intertextualidade pode ser dividida em duas categorias, são elas: implícita e explícita. Entenda um pouco mais sobre cada uma delas, a seguir!

Intertextualidade implícita

Já que ela não pode ser notada pelo leitor no texto, essa modalidade é difícil de identificar. Isso significa que a intertextualidade implícita não estabelece uma relação direta com o texto fonte, e não traz elementos nítidos que ajudem no seu reconhecimento.

Intertextualidade explícita

Na modalidade explícita, como o nome sugere, os leitores não têm dificuldade para identificar os elementos, e fazer uma relação rápida com o texto fonte. Nesse caso, não surge a necessidade de conhecimento prévio, para entender o elemento intertextual.

Os 8 tipos de intertextualidade

intertextualidade 1

De acordo com os estudos de linguística textual, podemos dividir a intertextualidade em oito tipos diferentes. Confira quais são eles!

1. Alusão/Referência 

Na alusão, também chamada de referência, é feita uma sugestão ou insinuação acerca de um lugar, personagem ou acontecimento, por exemplo.

A alusão não é considerada direta, já que utiliza os elementos de outros textos indiretamente. Por exemplo: “Narciso é e sempre foi o mais bonito” (alusão ao Narciso, personagem da mitologia grega conhecido por seu orgulho e beleza).

2. Bricolagem

Bricolagem é uma técnica de intertextualidade. Ela representa situações onde um texto é criado, a partir de fragmentos de outros textos.

É possível abusar da criatividade e mudar cores, sentidos e modelos, oferecendo uma nova interpretação do material.

3. Citação

A citação é um tipo de intertextualidade que ocorre na reprodução parcial do texto fonte, por meio da transcrição exata das palavras utilizadas pelo citado, seguido da sua identificação.

Neste contexto, a citação tem o objetivo principal de trazer confiabilidade ao texto que está sendo produzido, a partir de uma referência conhecida.

4. Epígrafe

Ela se caracteriza por uma escrita introdutória, um pré texto que serve para resumir o pensamento de um autor. Ou seja, o autor utiliza uma passagem de um texto fonte para dar início ao novo texto, correlacionando o primeiro com a sua nova criação.

Com isso, é possível utilizar o pensamento de outra pessoa, para organizar a sua própria tese. Dessa forma, é possível oferecer um conteúdo de qualidade. Além disso, a epígrafe prepara o leitor para o que será abordado.

5. Paráfrase

Já na paráfrase, o escritor reinventa um texto existente, reproduzindo o mesmo em outros termos, mas sem perder a ideia inicial.

A paráfrase é diferente da citação, pois ela reafirma ideias do texto fonte, mas sem utilizar o texto. Ou seja, é a recriação do texto, mantendo a mesma ideia e com outras palavras.

6. Paródia

Utilizada com o propósito de subverter a temática do texto original, a paródia visa fazer uma crítica, ou estimular a reflexão sobre determinado assunto.

Na paródia são utilizadas a ironia, ou seja, uma forma de expressão que consiste em dizer o contrário do que se quer expressar; e a sátira , que ridiculariza um tema, para fazer uma crítica ao mesmo.

7. Pastiche

Ela consiste na imitação do estilo de outros autores, mesclando assim, vários estilos em uma única obra.

A pastiche não tem o propósito de criticar ou satirizar, mas sim de ser uma imitação direta ao estilo de outro autor. Portanto, a pastiche não pode ser associada à paródia.

8. Tradução

Por fim, a tradução é um tipo de intertextualidade que consiste na passagem de um texto de um idioma para outro.

As traduções são consideradas um tipo de intertextualidade, visto que, no processo de passagem do texto podem ocorrer interpretações diversas, uso de novas expressões, e adequação à realidade no idioma.

Marketing e Intertextualidade: entenda a relação

Como já falamos, a intertextualidade é um ótimo recurso para utilizar durante a estratégia de Marketing de Conteúdo, e para te ajudar, vamos exemplificar como isso acontece. Confira!

Aproveitando que falamos sobre o Marketing de Conteúdo, que tal ver um vídeo sobre o assunto?

Memes

Quem não gosta de um bom meme, não é mesmo? As marcas estão utilizando esse recurso cada vez mais, para se aproximar com o público, e fazer uma relação com o produto ou serviço. Tudo isso é feito por meio da paródia!

Campanhas

Aqui, a criatividade é ilimitada e vale tudo para conquistar o cliente, sendo persuasivo. Podemos notar diversos exemplos de como a intertextualidade está presente, com destaque para a pastiche e paráfrase, ao utilizar um elemento do entretenimento para relacionar a sua oferta, por exemplo.

Podemos citar um anúncio da marca Bombril, em que um ator se veste como a Monalisa, de Leonardo da Vinci, com o slogan — “Mon Bijou deixa sua roupa uma perfeita obra-prima”. 

Tal feito tem o intuito de fazer o leitor acreditar que o produto ofertado, torna a roupa macia e perfumada, como se fosse uma obra-prima.

Dados e Estatísticas

Durante a elaboração de um artigo, um recurso muito comum é contar com dados que comprovem um argumento, esse recurso é vital para atribuir autoridade à marca e gerar valor. Estamos falando do tipo “citação”, ao qual recorremos em pesquisas de outros sites.

Construção da Marca

Saber o que falar com a sua audiência é muito importante. A partir da análise de sua persona, é possível identificar maneiras de mostrar relevância com elementos de fora, assim, a intertextualidade tem múltiplas utilidades aqui, a partir das preferências do público que você quer alcançar.

Traduções

O Marketing é composto por várias siglas estrangeiras. Como essas siglas costumam ser muito utilizadas no cotidiano, valem sempre serem traduzidas quando citadas em algum conteúdo. Um exemplo aqui é o ROI, que significa return on investment, traduzido é retorno sobre investimento.

Quer saber mais sobre o Return On Investment? Então, confira o vídeo a seguir! 

Comparações entre a concorrência

Outro exemplo prático é quando uma marca faz comparações do seu produto com a concorrência, para avaliar os principais atributos, a fim de que o leitor escolha sua oferta. 

Isso pode ser contextualizado no benchmarking, quando analisamos a concorrência para oferecer o melhor produto.

Em conclusão, a intertextualidade é um tema que apresenta características específicas, sendo utilizadas especialmente pelas pessoas que atuam na área de produção textual.

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Rubens Netto
Administrador, formado pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), pós-graduando em Marketing e Mídias Digitais pela FGV, é socio da 8D Hubify e Head do time de Customer Success.
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