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Tire sua ideia do papel em 5 dias com Design Sprint - Entrevista com Will Sertório

5 minutos de leitura

Conheça a metodologia ágil de criação e aprimoramento de ideias inventado pela Google para validar projetos!

Quem nunca imaginou em um dia ter sua ideia saindo do papel e finalmente se tornando uma realidade? Eu mesma — confesso — já pensei nisso várias e várias vezes!

Entrevista sobre design sprint com Will SertórioPor esse motivo, trouxe para você, leitor, essa entrevista com

Will Sertório, co-fundador da Funeel e especialista em descobrimento de produtos e métricas, para nos explicar melhor como funciona o Design Sprint, que é uma forma “express” de prototipar e testar ideias em poucos dias.

Esse tema já virou livro e muitas empresas adotam esse método, principalmente startups, pois é uma forma rápida e descomplicada de botar à prova se o seu projeto pode funcionar e, se sim, quais são os gargalos para aprimoramento.

Quer saber mais sobre como funciona e como pode ajudar você a validar suas ideias? Confere aí!

1. Como o Design Sprint funciona e em que ele se baseia? Comente um pouco sobre a história pra gente.

O Design Sprint é um processo de 5 dias que te ajuda a criar um novo produto ou serviço através de pesquisa, prototipação e validação com usuários.

Cada dia representa uma fase:

  • Entender: Discutir sobre o que temos de pesquisa e indicadores, definir o problema que será resolvido. É um dia voltado mais para alinhamento.
  • Divergir: Na terça-feira é o momento de explorar formas diferentes de resolver o problema através de dinâmicas de ideação e criatividade.
  • Convergir: Hora de identificar as ideias que tem mais apelo do ponto de vista de valor de negócio e técnico.
  • Prototipar: Na quinta-feira, escolhemos uma das ideias para ser prototipada e testada com os usuários. Dependendo da natureza da ideia, o protótipo pode ser feito de forma digital (com ajuda de um software) ou física (papel, papelão, maquete).
  • Testar: Dia de levar o protótipo para a rua e testar com 5 a 6 usuários reais. Geralmente, o foco aqui não deve ser em testar a usabilidade da solução. Este ponto deverá ser refinado posteriormente. O mais interessante é testar o apelo e o valor que a solução gera para o usuário. Quanto ele pagaria por ela? Será que conseguimos fazer uma pré-venda? Esse tipo de pergunta diminui imensamente os riscos de um novo projeto.

2. A quem é indicado o Design sprint?

É indicado para times que precisam tirar uma ideia do papel em pouco tempo e com poucos recursos. Design Sprint não serve apenas para criar produtos de tecnologia, como aplicativos e sites.
Entrevista sobre design sprint com Will Sertório
Ele pode ser usado com muito êxito na criação de serviços mais tradicionais, e até mesmo para redefinir processos internos.

Por exemplo: um departamento de RH identifica que a empresa tem um alto índice de turnover. Eles podem fazer uma sprint para entender melhor qual é o problema, idear soluções e testá-las com o público na sexta-feira.

Tudo isso usando papel, caneta e claro, muitos post-its.

3. Como você decidiu ou começou a trabalhar com esse método?

Sempre me assustei com o alto número de produtos que são criados e não dão certo. A maioria deles falha porque não resolve um problema real dos usuários, ou tem dificuldade em monetizar.

O mundo do empreendedorismo é cheio dessas histórias.

Sempre vi a pesquisa com usuários, e até mesmo o Design Thinking, como formas de reduzir este risco. Porém estes métodos, por si só, costumam ser demorados e muitas vezes subjetivos. Isto os torna difíceis de vender para stakeholders que querem algo tangível a curto prazo.

O Design Sprint "empacotou" esses métodos e os tornou mais previsíveis. Ao contratar uma sprint, o stakeholder sabe que sairá dela com uma série de perguntas respondidas e com um protótipo validado com usuários reais.

4. Conta pra gente como isso é aplicado no dia a dia de vocês lá na Funeel.

Como é de se esperar, no dia-a-dia as coisas não são tão lineares como na teoria.

Geralmente os clientes já tem uma ideia de produto formatada, mas ainda tem dúvidas como:

  • Será que estamos vendendo o produto para o público certo?
  • Será que o nosso preço faz sentido?
  • Será que o produto está posicionado da melhor forma?

Muitas vezes o produto até já está no ar, tendo acabado de passar por um lançamento morno. Isso é muito comum. Outras vezes o cliente está incomodado com o produto, e não sabe dizer ao certo o que está errado.

Nós fazemos uma análise de métricas antes da sprint para entender melhor os gargalos.

Com a sprint, nosso papel é dar alguns passos para trás de "desfazer a omelete". Dessa forma, conseguimos reposicionar o produto com muito mais êxito no mercado.

5. Por fim, quais são as dicas ou recomendações que você daria para quem está com vontade de adotar o método para tirar uma ideia da gaveta?

Primeiro indico a leitura do livro Design Sprint, do Jake Knapp. Na sequência, tente rodar uma sprint internamente, com 5 a 6 pessoas, para tentar resolver um problema interno da empresa ou até mesmo do seu cliente.

O processo Sprint dá superpoderes às startups. Elas podem antever os produtos acabados e a reação dos consumidores antes mesmo que qualquer investimento substancial seja realizado.

Jake Knapp, autor do livro Sprint.

Pode ser um pouco intimidador para marinheiros de primeira viagem, mas com o tempo você vai desenvolvendo suas habilidades como facilitador: sabendo ouvir, não deixando as pessoas perderem o foco e conduzindo as conversas para que a solução criada gere o máximo possível de impacto para seu público.

E aí, o que achou das dicas do Will?

Caso queira saber mais sobre como a Funeel pode ajudar a tirar a sua ideia do papel ou aprimorar um serviço ou produto que já é realidade na sua empresa, basta entrar em contato com eles.

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Ingrid Garcez
Jornalista formada pela Universidade de Taubaté (UNITAU), fanática por esportes e apaixonada por Marketing Digital. Atualmente, compõe o time de Marketing Institucional da 8D Hubify.
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