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Fórmulas prontas no Storytelling: quais os perigos e como usá-las a seu favor

5 minutos de leitura

Contar boas histórias e chegar ao objetivo de encantar seus leitores pode não ser uma tarefa tão fácil. Mas a boa notícia é que ao desenvolver sua habilidade de escrita, estudando novas técnicas e praticando, será possível encontrar sua voz e aproximar-se de sua audiência

Por meio do storytelling, você garante a produção de um conteúdo único que, mesmo diante de tanta informação na internet, se destaca por fornecer uma perspectiva distinta e exclusiva sobre um assunto: a sua. 

O grande dilema é que, quando algo começa a apresentar bons resultados, as pessoas tendem a replicar esse método, o que o transforma em uma receita de bolo.

Mas, afinal, o que é storytelling e quais são as fórmulas prontas existentes para aplicar o conceito? É exatamente isso que trataremos neste conteúdo, além de explicar por que nem sempre as receitas de bolo funcionam na prática. Confira!

 

Qual a receita de bolo do Storytelling?

O storytelling possui inúmeras definições, porém, em sua tradução literal “story” significa história e "telling", contar. Para irmos além, vale apresentarmos como a Rock Content define a técnica:

“Storytelling é a arte de contar, desenvolver e adaptar histórias utilizando elementos específicos — personagem, ambiente, desejo e um conflito — em eventos com começo, meio e fim, para transmitir uma mensagem de forma inesquecível ao conectar-se com o leitor no nível emocional.”

 

Tal conceito é usado em variadas plataformas e para diversos fins, mas atualmente quem mais utiliza essa arte é o cinema. É natural que as pessoas lembrem o nome de seu filme favorito e momentos da trama — o cinema tem o poder de gravar informações em nossa mente.

Para isso, existem estruturas com etapas que podem ser usadas na criação de uma história. Abaixo, falaremos sobre as duas fórmulas prontas mais famosas!

 

O modelo de Joseph Campbell

A Jornada do Herói foi criada pelo antropólogo Joseph Campbell e é apresentada no livro “O Herói de Mil Faces”, sendo um estudo que identificava uma narrativa padrão em histórias populares, contendo 17 etapas. 

Depois disso, a estrutura foi adaptada por Christopher Vogler, na obra A Jornada do Escritor, chegando nas 12 etapas que hoje conhecemos como a Jornada do Herói.

As etapas da última adaptação são: 

 

  1. o mundo comum;
  2. o chamado à aventura; 
  3. recusa do chamado;
  4. encontro com o mentor; 
  5. a travessia do primeiro linear;
  6. provas, amigos e aliados;
  7. aproximação da caverna secreta;
  8. a provação;
  9. a recompensa; 
  10. o caminho de volta; 
  11. a ressurreição; 
  12. o retorno como elixir.

 

O modelo da Pixar

O estúdio de animação Pixar também utiliza o storytelling em seus filmes, porém de uma maneira mais simplificada que a Jornada do Herói. 

A estrutura é composta por 3 atos, sendo:

 

  • 1º ato – apresentação: os famosos “era uma vez...”, “todo dia…” e “até que um dia”. Somos apresentados à vida comum dos personagens até que um evento anuncia o conflito;
  • 2º ato – desenvolvimento e jornada: aqui, acompanhamos a transformação do protagonista, que por causa do conflito passa por uma série de obstáculos, até chegar ao conflito final;
  • 3º ato – a grande mudança: o personagem é apresentado em uma nova rotina, com o conflito resolvido. A partir disso, a mensagem principal é transmitida, emocionando a audiência.

 

Por que as fórmulas prontas nem sempre funcionam?

De fato, é indiscutível que a Jornada do Herói e a estrutura enxuta utilizada pela Pixar funcionam em grandes histórias. Basta lembrar de filmes como Star Wars, Batman Begins, Toy Story e Procurando Nemo, por exemplo — que seguem à risca cada etapa apresentada.

Apesar disso, na produção de conteúdo para web, nem toda jornada precisa ser uma Jornada do Herói ou seguir todos os elementos do modelo. 

Isso porque o conceito fornece o contexto necessário para o desenvolvimento da narrativa e, desde que as etapas sejam compreendidas, não será necessário replicá-lo de forma engessada

Assim, é possível fugir de redações ou ideias tomadas como “verdades universais”, que terminam se tornando clichês e enfraquecendo o texto. 

Ironicamente, a técnica que deveria servir para a criação de histórias encantadoras, acaba sendo banalizada, podendo gerar conteúdos similares e muito simples.

 

A Jornada do Herói funciona perfeitamente em histórias grandes e fictícias, mas na vida real, nem sempre teremos um mentor para nos impulsionar e nem todos os finais são felizes.

Por isso, esclarecemos a seguir como você pode criar histórias que geram valor ao seu público sem depender, estritamente, das fórmulas prontas.

 

Storytelling além das fórmulas: como colocar em prática?

Se você deseja contar boas histórias em seu conteúdo, é preciso entender que não existem fórmulas prontas para obter a visibilidade esperada, caso o material não tenha um propósito claro e genuíno.

Tenha em mente que tudo vai depender do que você tem a oferecer ao seu público. Afinal, você precisa de um tema relevante, com problemas que geram identificação e que ofereça uma solução.

 

É importante focar na sua ideia central e utilizar a fórmula para expandi-la. Para criar algo novo e encantador, o melhor “atalho” é entender as regras das fórmulas e adaptá-las, de acordo com o contexto desejado.

Portanto, vale ressaltar que no storytelling não existem fórmulas prontas para que devem ser seguidas à risca, mas sim recomendações que ajudam a contar boas histórias.

Use a criatividade para envolver seus leitores, mas cuidado para não fugir do foco principal. Reinvente o storytelling em cada texto e busque sempre aprender algo novo. Essa é a verdadeira arte de contar boas histórias!

 

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Eliane Martins
Formada em Marketing e pós-graduada em Marketing Digital, faz parte do time de Conteúdo e SEO da 8D Hubify.
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