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Como tomar decisões bem fundamentadas no cenário atual?

7 minutos de leitura

Se você está gerindo uma empresa de BI nos dias atuais, sabe o peso que cada decisão pode ter para o negócio. Neste artigo, baseado na série de Webinars desenvolvida pela Hubify, você entenderá a percepção de três CEOs e o que eles estão fazendo para guiar suas decisões nesse cenário.

O CEO da Hubify, Fabio Duran, conduziu um bate-papo interessante com o Omar Ajame, fundador e CEO da TEx, empresa de tecnologia que desenvolve soluções para corretoras de seguros e seguradoras, também é sócio fundador do Traders club, uma plataforma de comunicação voltada para investidores individuais. E com o Bruno Serman, fundador da Lecionas, empresa que fornece uma solução completa voltada ao apoio de professores da educação básica.

Neste artigo você entenderá como os três CEOs lidam com a crise e principalmente como acreditam que os líderes de empresas devem agir para estarem preparados para o futuro.

Como os líderes sobreviveram ao início da Crise

De início, devido ao pânico que veio junto às notícias do COVID-19, as pessoas congelaram e reduziram suas ações, procurando soluções de receitas para se manterem. Muitas empresas decidiram investir no branding, e colocar seus produtos em evidência para o consumidor.  

Omar, contou um pouco sobre como estava o ritmo da TEx: “O crescimento estava legal antes da crise, eu estava expandindo a minha equipe em trinta por cento e contando com um volume de vendas interessante". 

“Quando começou a crise, tomei um baque. Na hora eu percebi o quanto era importante ter um suporte e meus investidores me apoiaram”, conta Bruno, fundador da Lecionas. Bruno também achou interessante, como os outros empreendedores e o mercado, começaram a vivenciar seus problemas juntos, algo que contribuiu tanto intelectualmente como psicologicamente. 

Já Fábio, CEO da Hubify, destacou o quanto foi e é importante que cada dono de empresa entenda seu contexto, e exerça o máximo possível de empatia, já que todos sofrerão com as transformações. 

Na fase inicial da crise, uma das atitudes fundamentais que os CEOs tomaram, foi mapear e entender a real necessidade dos seus clientes naquele momento, pensando em soluções que os ajudassem a sobreviver à crise. A empatia se tornou fundamental para a sobrevivência de todos. 

Home office: a transformação do modelo de trabalho

O que a crise trouxe, principalmente às grandes empresas, foi o modelo de Home Office como a única alternativa de manter seus colaboradores e o negócio funcionando. 

Cada um dos CEOs contaram como foi a adequação desse modelo dentro da sua empresa: 

Para a Hubify e a Lecionas, o Home office era comum, as equipes de ambas empresas já estavam acostumadas com esse modelo, porém para TEx foi uma novidade. 

No começo, muitos colaboradores me disseram que não estavam se sentindo produtivos e estavam com dores nas costas. Além disso, a TEx contava com cinquenta por cento de notebooks e cinquenta por cento de desktops, e por isso tivemos que alugar alguns notebooks para a equipe", diz Omar. 

Apesar disso, Omar sente que hoje a sua equipe gosta do modelo e está se sentindo mais produtiva, com expectativas boas sobre isso. 

Uma preocupação dos CEOs foi garantir que suas equipes possuíssem os materiais necessários para fazer o Home Office, pois nem todas as pessoas possuem a estrutura necessária para trabalhar dessa maneira. Então foi indispensável entender junto à equipe, como está sendo esta rotina de trabalho. 

Como os CEOs vêm atuando dentro de suas empresas

O desafio dos empreendedores e empresários, é inovar durante a crise, mapeando alternativas para os seus negócios e procurando o crescimento. 

Bruno contou que para a Lecionas, encontrou a saída de oferecer aos professores, um pacote temporário gratuito da plataforma, e, além disso, ele também atribuiu planos a preços simbólicos, o que não necessariamente está trazendo lucro à empresa, mas contribui na divulgação da marca. 

Bruno trouxe o exemplo da Chefsclub, que adotou um programa em parceria com a Ambev, oferecendo um voucher de cinquenta reais durante a quarentena, e após a pandemia, o cliente pode utilizar o voucher no valor de cem reais nos restaurantes cadastrados.  

Omar, contou que muitos dos clientes atuais da TEx começaram a solicitar descontos temporários, e a empresa passou a pedir isso também aos seus fornecedores.

Já Fábio trouxe um exemplo bem interessante da Kimberly Clark: “O que eles fizeram foi congelar as demissões da empresa. E além disso, para os colaboradores que estivessem trabalhando no abastecimento dos produtos nos pontos de venda, a empresa fornecerá um bônus extra por mês". Destacou também que a marca não aproveitou do momento para ganhar mais e teve empatia com seus colaboradores. 

Qual mindset os CEOs adotaram para suas empresas

Algo importante pontuado por Omar é o senso de comunidade e empatia:

“Se coloque no lugar do seu cliente e veja como você pode ajudá-lo, considerando a sua equipe e os recursos que você apresenta.”

Você pode ajudar seu concorrente ou fornecedor, fazendo guias de como trabalhar melhor o Home office, por exemplo. Ou também criar promoções de vendas ou cancelamento para atrair os clientes. 

Bruno destacou dois vieses importantes que vêm guiando algumas de suas decisões — o viés de confirmação, ou seja, procurar confirmar a informação que eu já possuo. E o viés de resistência, sendo ele, a realização de análises que considerem tanto os efeitos passados, quanto os atuais da crise.

O importante é não seguir o “efeito manada”, ou seja acompanhar o que todos estão fazendo. Deve-se pensar antes de tomar uma decisão, se comunicar com as pessoas que estão bem informadas e que possuem senso crítico. Seja por meio de grupos de whatsapp ou reuniões de discussão. 

Expectativas dos líderes após a quarentena 

Os líderes acreditam que após o término da quarentena, a retomada será lenta. Omar pontua que alguns setores terão ciclos de recuperação mais lentos, como as áreas de turismo e eventos. E setores que representam necessidades, por exemplo, odontologia e salões de beleza, voltarão a operar mais rapidamente.  

Ele também destaca a sua preocupação: “Se a quantidade de casos explodir e tivermos que retomar a quarentena, acredito que a situação pode piorar mais”.

Todos pontuaram a necessidade de não aguardar atitudes dos governantes e de nos anteciparmos, fazendo checklists para possíveis cenários. Além disso, considerar que cada economia funciona de forma diferente e com ritmos diferentes. 

Um exemplo interessante dado pelo Fábio foi que, nos Estados Unidos, hoje é mais simples se demitir e contratar funcionários, o custo de demissão é baixo, o desemprego e a contratação são rápidos. Diferentemente do Brasil, por exemplo, que o custo de demissão do funcionário é de até quatro meses. 

Como traçar os cenários futuros da sua empresa 

Os CEOs relacionaram alguns pontos que podem influenciar nas decisões futuras, como a queda de clientes existentes e das vendas, a variação da receita, do caixa e dos custos das empresas, além dos fatores externos, como os benefícios oferecidos pelo governo. 

Os fatores caixa, receita e custo, norteiam a visão de Bruno sobre o futuro. Levando em consideração fatores como preço, quantidade de pedidos, quantidade de clientes, custos variáveis e fixos, ele diz que forma seu pensamento e mapeamento dos possíveis caminhos, a partir dali.  

Omar sugeriu se antecipar às decisões políticas, aproveitando as facilidades oferecidas pelo governo para adiamento de pagamento de impostos e negociar prazos com seus fornecedores, mantendo um caixa para emergências. Mesmo que você não tenha certeza de que irá precisar, não tire vantagem de ninguém nesse momento, pois todos estão em uma situação longe do ideal. 

As empresas têm que se ajudar, não pense em sair melhor da crise, do que quando você entrou nela. É preciso ler, tentar extrair e filtrar o que você ouve para tomar as melhores decisões. 

Como tomar as melhores decisões a partir de informações 

Todos os veículos de comunicação possuem seus vieses. Você deve formar a sua opinião e ter senso crítico sobre as informações, por isso acompanhe todos os veículos de comunicação, busque as ideias que fazem sentido para o seu negócio e vá atrás das respostas. 

O momento é de proteção e cuidado, por isso acompanhar o cenário, manter o pé no chão, adaptar-se e mudar de ideia pode ser um fator decisivo ao seu negócio. Além disso, ouvir opiniões diferentes e promover mais debates, é essencial para a sobrevivência das empresas.

Gostou de saber mais sobre o tema? Então, assista ao webinar na íntegra!

 

Ingrid Garcez
Jornalista formada pela Universidade de Taubaté (UNITAU), fanática por esportes e apaixonada por Marketing Digital. Atualmente, compõe o time de Marketing Institucional da 8D Hubify.
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