Você sabia que cerca de 90% dos consumidores pesquisam a respeito da marca no Google antes da decisão de compra?
Levando em consideração o último dado, podemos afirmar a tendência crescente do Marketing, que é uma área dinâmica com vários segmentos de aplicação. Aos poucos a sociedade começa a entender a sua importância, uma vez que a economia é um dos pilares que movimentam o país. Assim, o marketing se faz essencial, já que atua para impulsionar os negócios.
Um exemplo de suas ramificações é o marketing de produto. Certamente esse conceito pode soar familiar, mas será que você sabe, de fato, o que ele representa e como colocar em prática? É para isso que elaboramos este artigo — para ser um guia eficiente e tirar suas dúvidas sobre o assunto. Espero que goste!
O que é marketing de produto e qual sua importância?
Aqui, o produto em si faz parte de uma metodologia conhecida como 4Ps, isto é, além dele temos o preço, promoção e praça. O marketing de produto atua em todas essas áreas, e é assim que ele cria a estratégia ideal para atrair e vender o que a empresa tem a oferecer.
É um segmento que desenvolve o lançamento, posicionamento, alinhamento e diferencial no mercado, ou seja, a identidade do produto.
Podemos classificar os principais tipos de produtos como:
- produtos de consumo: útil para consumidores finais para uso próprio, sem a intenção de uso duradouro e fáceis de serem encontrados. Exemplo: lâminas de barbear;
- produtos de conveniência: comprado com frequência, rapidez e esforços mínimos, além de terem um preço menor. Exemplo: chocolate;
- produtos de comparação: tem compra com menor frequência e cujas características de preço, qualidade e estilo são comparadas pelo consumidor, empregando um maior esforço por parte do comprador. Exemplo: sapato;
- produtos de especialidade: o consumidor adquire sem comparações, ele sabe o que precisa e são geralmente mais caros. Exemplo: imóveis ou automóveis;
- produtos não procurados: aqueles que o consumidor não conhece ou ainda não quer adquirir, até que sejam necessários. Exemplo: seguro de vida e exames de rotina;
- produtos acessórios: são utilizados no processo produtivo de alguma atividade. Exemplo: calculadora;
- serviços: auxiliam nas ações da sociedade, a terceirização é forte aqui. Exemplo: agências de marketing e contabilidade.
Além do tipo de produto, as fases do seu lançamento também merece destaque. São elas:
- introdução: é a fase inicial, onde ocorre a elaboração do material, a parte produtiva do procedimento;
- crescimento: aqui, o produto começa a atender a demanda e as vendas aumentam, assim como a concorrência;
- maturidade: é uma fase longa, relata a estabilidade do produto. O lucro ainda pode estar presente mas não é uma garantia;
- declínio: é o momento de diminuição nas vendas. Nessa fase são exigidas novas medidas para se reinventar e não perder seu espaço no mercado.
Enquanto o marketing tradicional visa adquirir novos leads e presença no mercado, o marketing de produto é responsável por gerar demanda por um produto, fazendo com que os clientes tenham interesse, desejo ou necessidade por ele. Esse segmento é essencial para adequar o produto às demandas do mercado, especificamente com a persona.
Uma de suas ações é testar o impacto do seu produto com um certo grupo de consumidores antes de lançar para o público geral.
Com isso, é possível avaliar se o preço definido condiz com a realidade do mercado e cliente, a utilidade do produto, alinhamento da sua equipe com o que está sendo ofertado, entre outros pontos que abordaremos a seguir.
Como ele funciona?
O funcionamento do Marketing de Produto conta com alguns etapas, acompanhe em seguida!
Considere o fluxo de caixa
Esse é o momento crucial para dar início, uma vez que o planejamento financeiro é essencial para saber se você vai conseguir arcar com as despesas ou não. Por isso, faça um relatório de todos os gastos e descubra se você tem o necessário para investir.
Aqui, o ROI é um grande aliado e você pode entender mais sobre a importância de controlar o dinheiro, além de saber se a ação está dando certo ou não.
A concepção do consumidor
A segunda etapa não poderia ser outra. Definir para quem você deseja ofertar o produto é a base para o processo. Aqui, vale a pena optar por uma persona, ou seja, uma concepção personalizada e semi-fictícia do seu cliente ideal.
Com isso, ocorre a segmentação do mercado e economia de esforços, já que é dificil atender um público amplo além de gerar custos excessivos. A partir de formulários e pesquisas é possível filtrar o público para encontrar aquele que mais se identifica com o seu propósito.
Defina o conteúdo
Por ser algo novo, você precisa investir pesado no conteúdo — quanto mais informações, melhor. A partir daqui, as estratégias são elaboradas e começam os estudos sobre onde atuar. Essa etapa é essencial, pois é ela que vai atrair seu cliente. Alguns exemplos de como expor seus materiais são artigos, e-mails, e-books e anúncios, entre outros.
Os recursos visuais também são grandes aliados. Eles garantem à marca notoriedade e uma identidade, é um gatilho de memória que faz com que o consumidor associe uma cor ou logo com a marca.
Saiba onde aplicar
Hoje existem vários meios para atuar, principalmente com a internet. Dessa forma, entenda sua persona e onde ela está presente. Existem as redes sociais de nicho que são mais específicas, ou então as mais famosas que são de relacionamento, entre outras.
Outro exemplo são os sites ou blogs que permitem apresentar o produto de forma detalhada, com as informações necessárias e materiais que sirvam para solucionar uma demanda com a sua oferta dependendo do estágio de venda com cada consumidor.
Promova o atendimento ao cliente
Essa etapa é essencial para garantir a satisfação do cliente. Um bom atendimento precisa ser praticado tanto no pré, quanto pós-venda, sendo solícito a quaisquer dúvidas do consumidor. Uma dica é utilizar recursos mecanizados com assistência de conversação digital para interagir com o público.
Seja transparente
Ter a missão e os valores bem definidos é essencial para o lado operacional com os funcionários. Ao alinhar os seus objetivos e ser transparente com os argumentos importantes para vender, procure ter treinamento e uma equipe preparada.
Além disso, também é vital ser sincero com o consumidor, pois ele precisa confiar na sua oferta. Deixe claro suas intenções, a descrição do produto, o que ele oferece e seus diferenciais.
Estude sua concorrência
Pode não parecer, mas conhecer sua concorrência é vital para entender se o seu produto está de acordo com o seu segmento de mercado e em quais detalhes ele pode superar seus rivais. Hoje é difícil ver um produto original de fato, já que novos empreendimentos surgem diariamente, porém a criatividade está em como você vai abordar esse produto e apresentar a oferta.
Esse processo é chamado de benchmarking, e ele pode ser útil para se inspirar em outros negócios bem sucedidos e nas práticas que foram utilizadas. Existem várias formas de aplicação como mentorias, consultorias, eventos, entre outros.
Escolha os fornecedores ideais
Conheça bem os fornecedores e veja se eles atendem às suas necessidades. Esse passo é determinante no procedimento, uma vez que os prazos de entrega são desafiadores nos dias atuais. Tudo precisa estar alinhado para não atrasar as etapas seguintes e, assim, prejudicar sua estratégia.
Priorize a logística
Nesse caso, é um procedimento que merece atenção, já que de nada vai adiantar ter uma boa oferta e demanda se não houver eficiência na entrega. Aqui, determinamos questões relacionadas às formas de transporte, estoque e pagamento.
Podemos citar como exemplo a Coca-Cola, gigante e consolidada no mercado. Ela pode se reinventar, buscando novos produtos e ainda falhar no mercado, pois seu principal feito é o carro-chefe da marca e não será abalado. Em contrapartida, não há margem para erro na logística. Essa questão precisa ser impecável devido à força de alcance que o seu produto principal tem ao redor do país.
Acompanhe os resultados
Vale a pena estar atento ao pós-venda, assim, você terá insights sobre o que deu certo ou não com os resultados. Isso também ajuda no futuro das novas estratégias, definindo o que deve continuar e o que carece de mudanças.
Também, invista bastante nas redes sociais para divulgar o lançamento, busque parcerias com outras marcas ou até mesmo com digital influencers. Esse é o momento em que o marketing precisa ser mais forte do que nunca, afinal, a primeira impressão influencia no futuro.
Como uma empresa pode revolucionar o mercado com estratégias de criação de novos produtos?
Separamos algumas dicas de como sua empresa pode utilizar o marketing de produto para se destacar no mercado, confira!
Design Thinking
Essa prática diz respeito ao pensamento crítico na organização de ideias ao estabelecer suas metas e tomada de decisões. A concorrência exige inovação, e muitas vezes as empresas esquecem do fator decisivo: os consumidores. Eles precisam ser o foco sempre. Podemos listar três pilares desse pensamento.
- empatia: é o momento de enxergar a necessidade de alguém com os seus olhos, de fato, “se colocar no lugar do outro”. Busque criar produtos que realmente sejam a solução para a dor da sua persona;
- colaboração: conte com uma equipe colaborativa, onde todos podem contribuir e evoluir em prol de um mesmo objetivo;
- experimentação: essa é uma forma de prever o erro e aprimorar o produto se necessário. Ela é importante para evitar prejuízos no futuro, portanto, faça testes e avalie se o seu produto é realmente viável.
Esteja aberto às críticas
Sabemos que o cliente é prioridade máxima na empresa, portanto, receber feedbacks positivos ou construtivos é importante. O site Reclame Aqui é um exemplo de relatos que envolvem insatisfação do cliente, ela pode ajudar você a entender o que precisa melhorar e como será sua criação de novos conteúdos.
Sua presença nas redes sociais tem impacto nesse caso, já que é uma forma de se aproximar do cliente e evitar a exposição negativa da marca, com ele sentindo confiança no seu atendimento. Entenda que o consumidor tem o direito de fazer exigências de acordo com o que foi oferecido, então, tenha paciência e busque ser o mais solícito possível.
Pratique a inovação
Com o marketing de produto é possível utilizar ferramentas para criar um novo segmento de vendas ou então reinventar um produto já existente. As possibilidades são diversas. Um exemplo é quando uma marca estrangeira vem para o Brasil, se ela retornar para o país de origem significa que o marketing de produto muito provavelmente foi mal sucedido.
Vale ressaltar que ele não é semelhante ao conceito de gestão de produtos, que atua no equilíbrio dos produtos, enquanto o marketing produto é direcionado ao modo como a oferta será apresentada.
Certamente agora ficou mais fácil entender a temática, não é mesmo? Avalie seus recursos e traga o marketing de produto para sua marca, seja na criação de um novo produto ou para impulsionar outro já existente!
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