Orçamento de marketing
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O orçamento de marketing ainda é motivo de desentendimentos em boa parte das empresas, principalmente pois a ausência de métricas confiáveis leva alguns gestores a acreditar que os investimentos no setor produzem mais custos do que benefícios. Esse cenário piora, sobretudo, nos momentos de crise, quando os gastos do departamento são considerados como prioridade para o corte, mesmo havendo diversos estudos que apontam para o fato de que empresas que investem em marketing nesses momentos crescem mais.
Conversando com centenas de empreendedores e gestores de marketing nos últimos anos pude perceber uma triste realidade: a maioria sabia na ponta da língua a meta comercial da empresa, mas a minoria tinha uma resposta estruturada de quanto seria necessário investir para gerar o crescimento traçado pela empresa.
Isso quando eu não ouvia algo como “eu posso investir o mínimo possível” ou “a empresa tem uma meta de crescimento de X% esse ano, mas o orçamento de marketing foi cortado em Y%”. Será que isso é possível?
Mais do que possível, este cenário é provável quando a gestão empresarial não é orientada por dados confiáveis e concretos, que por sinal, é algo imprescindível para traçar planejamento e estabelecer estimativas realistas. Afinal de contas, o uso de métricas contribui sobremaneira nos assuntos que regem a inteligência de negócios.
Se você tem uma empresa ou é um gestor de marketing, sabe exatamente do que estamos falando.Sabe que precisa investir para crescer, mas tem medo de investir de menos ou excessivamente. Não existe surpresa: o cálculo certo é fundamental na hora de traçar planos estratégicos!
Pensando nisso, preparei este post no intuito de dissecar todos os pormenores do orçamento de marketing.
O que você verá nesse artigo?
Uma forma bastante inteligente de montar a estratégia da nossa empresa é fazer benchmarking, ou seja, analisar e entender o que as principais empresas ou até mesmo os concorrentes estão fazendo e, dentro do possível, entender quanto estão investindo para alcançar os resultados atuais.
Claro que aqui cabe uma ressalva: diferentes contextos demandam diferentes tipos de investimento. Se uma empresa quer focar em um novo mercado ou no lançamento de um novo produto, o investimento será maior e com uma estratégia diferente, comparando com uma empresa que quer apenas defender o que já conquistou. Da mesma forma, uma empresa que abrirá um novo canal de vendas, uma loja virtual, deverá separar um investimento maior de marketing digital do que uma empresa sem vendas online. Mais adiante falaremos mais sobre esse tipo de ressalva.
Nessa linha de pensamento vale muito a pena analisar o trabalho da CMO Survey. Eles montaram um relatório bastante completo do marketing das empresas americanas, desde o orçamento, até o resultado efetivo de suas estratégias.
Um dos números mais interessantes da pesquisa é justamente o percentual de suas receitas que as empresas investem em marketing. Os valores variam entre 6% e 10.2% de acordo com o segmento (B2B x B2C) e o bem ofertado (serviço x produto), conforme demonstra o quadro abaixo.
Nesse estudo, investimento em marketing engloba tudo, desde equipe, agência, até o valor efetivamente investido em mídias e estratégias online. Há outras informações interessantes no estudo e que merecem um olhar mais atento:
Os números aleatórios não contribuem em nada na hora de estabelecer um limite para o orçamento. Dessa forma, não basta apenas estipular um valor sem avaliar as particularidades de cada gasto.
Por isso, antes mesmo de partir para a ação, o gestor precisa definir e organizar os objetivos, a fim de selecionar os meios necessários e estimar a performance desejada para dizer que vale a pena o investimento. Cada pormenor deve ser anotado, uma vez que os detalhes fazem a diferença no resultado final.
As cerimônias corporativas fazem parte do cronograma anual de marketing, por isso atendem ao escopo do departamento. Assim sendo, as despesas relacionadas a participações em exposições, feiras de negócios, palestras, viagens e congressos devem ser contabilizadas. O mesmo vale para quando a organização realiza seus próprios eventos.
O gestor também precisa deixar claro os custos com criação de estande, elaboração de brindes, locação de espaço, gasto com buffet, equipamentos de audiovisual, sonoplastia, segurança, garçom, copeira, serviços gerais etc. Tudo deve ser minuciosamente relatado.
Nem sempre o setor de marketing realiza todas as demandas dentro da empresa. É normal terceirizar alguns serviços, até porque as organizações preferem deixar os profissionais focados nas ações de core business da empresa. Nesse sentido, os contratos com agências, freelancers, consultorias e ação com influenciadores não podem ficar de fora do orçamento.
Apesar de vivermos em uma era fortemente digital, os materiais impressos como cartões de visita, folders, catálogos, cartazes e papel timbrado ainda são necessários no planejamento para marketing, uma vez que as campanhas não são totalmente virtuais. Logo, esses itens geram dispêndios e, por isso, merecem ser contemplados.
Mesmo que uma parte significativa das tarefas seja terceirizada, a equipe provavelmente necessitará de softwares de automação, edição de imagens e produção de textos. Sendo assim, é algo que não pode ser descartado da estimativa orçamentária.
A internet revolucionou a forma de como produzimos e consumimos conteúdos, mas apesar dos inúmeros benefícios, boa parte das atividades publicitárias ainda é realizada fora dela. Dessa forma, os dispêndios com TV, rádio, marketing de guerrilha, anúncios em revistas e jornais devem ser incluídos.
O perfil dos consumidores não é mais o mesmo depois da internet e isso deve definitivamente refletir na hora de definir o seu orçamento de marketing. Para atingir esse novo consumidor é preciso adequar a comunicação e as ferramentas, uma vez que 47% deles pesquisam na internet antes de se dirigir às lojas físicas. Isso quer dizer que a mudança no comportamento dos compradores, aliada ao fácil acesso às novas tecnologias, impacta significativamente nas vendas.
Por isso, não é de espantar o crescimento do interesse corporativo em recursos como anúncios no Facebook e no Google AdWords, uma vez que tais ferramentas se mostram eficientes na promoção de serviços, produtos, blogs corporativos e landing pages. Essas são estratégias que ajudam as empresas a ganhar reconhecimento, conquistar leads, obter visibilidade, além de adquirir, reter e fidelizar clientes.
Nesse caso, cabe ao gerente de marketing definir o tipo de serviço a ser contratado, já que são muitas as ofertas nesse âmbito e cada uma delas apresenta um custo agregado:
Em geral os custos fixos estão menos suscetíveis às variações, pois os gastos de estrutura, como também são chamados, estão relacionados aos produtos e serviços que devem ser pagos independentemente do volume de produção e vendas. Portanto, não importa a quantidade que você vendeu, uma vez que terá que pagar por eles.
Um exemplo disso é o preço do aluguel, que embora passe por reajustes em um dado momento, permanece no grupo de contas estáveis justamente por não oscilar com a produção e as vendas da empresa.
Nesse caso, tanto faz se o faturamento da organização é R$ 85 mil ou R$ 90 mil, uma vez que o valor da locação não é alterado — salvo em situações bem específicas. Nessa mesma categoria também se enquadram os gastos com:
Por sua vez, as despesas com telefonia, água e luz são classificadas como híbridas, porque embora sejam fixas, também variam. Em outras palavras, a depender do limite da produção, os preços podem ser alterados.
Isso quer dizer que para elaborar o orçamento de marketing, o gerente precisa ter uma visão geral das contas da empresa. Dessa forma ele tem a chance de estruturar planos realistas, que não ultrapassem as possibilidades financeiras da companhia. Afinal, quando falamos o custo fixo ideal também consideramos fatores como:
Ou seja, o custo fixo só é considerado ideal quando permite que a empresa mantenha valores competitivos, gastando menos.
Resumidamente, as vendas influenciam nas despesas. Dessa forma, se o empreendimento vende muito, consequentemente também arca com custos variáveis significativos.
Em contrapartida, se as vendas caem, eles também diminuem. Ou seja, os custos estão diretamente relacionados aos investimentos em materiais e mão de obra, que mudam com o fluxo das demandas e negociações.
Por isso não é de se espantar que o setor financeiro muitas vezes corte itens assim, principalmente nos momentos de crise. Afinal, o impacto deles nos resultados é grande, e dependendo da situação, pode significar mais prejuízos do que lucros.
No rol de despesas variáveis do orçamento de marketing podemos incluir a contratação de mão de obra (freelancers ou prestadores de serviço), assim como os dispêndios com agências especializadas, infraestrutura, ferramentas específicas, canais de mídias, anúncios, entre outros.
Olhar para o passado ainda é uma das melhores táticas para projetar o futuro. Portanto, a análise de métricas como o retorno do investimento (ROI), custo de aquisição de clientes (CAC) e taxas de conversão é fundamental para termos o conhecimento da força dessas aplicações.
Isso, no fim das contas, torna a gestão mais eficiente e deixa o planejamento do orçamento de marketing mais confiável. Sendo assim, nada mais justo do que planejar o cálculo de marketing a partir dos resultados obtidos na análise do ano anterior. Afinal, esse é o primeiro passo para montarmos um orçamento realista e assertivo.
Além disso, as referências anteriores nos ajudam a ter uma noção da base de gastos e qual o potencial de retorno que cada investimento pode gerar. isso é importante para descobrirmos o quanto deverá ser desembolsado na nova estratégia de marketing.
Por outro lado, se a empresa nunca teve um gasto similar, o jeito adequado de obter essas informações é por meio de cotações. Pesquise por fornecedores e solicite propostas de valor. Outra forma legal de entender o investimento necessário é fazer benchmarking, conforme citamos no início do artigo.
Entenda que isso não dará a você um valor preciso, mas já é um bom começo. Assim, as decisões serão pautadas pela orientação dessa pesquisa, e não por referências hipotéticas. Nada impede você de consultar preços em buffet antes mesmo de definir o cardápio ou o número de participantes do evento, por exemplo.
As metas de uma empresa podem mudar de um ano para o outro. Com isso o escopo da estratégia de marketing também muda, o que certamente impacta no orçamento necessário para alcançar as novas metas, no novo contexto.
Imagine que a empresa X foi fundada em janeiro em 2015 e durante seus três primeiros anos de vida focou sua estratégia de marketing para construir seu nome no mercado, ganhar visibilidade e conquistar novos clientes, afinal de contas precisava fazer sua marca ficar conhecida e precisava ser bastante agressiva para poder começar a gerar receitas.
Três anos depois a empresa cresceu, já é reconhecida no mercado, mas sofre com altas taxas de cancelamento, uma vez que os principais motivos de reclamação dos clientes é o mau atendimento e o fato do serviço não gerar o resultado esperado.
O cenário mudou e nesse novo contexto a empresa precisa mudar sua estratégia de marketing para se tornar lucrativa. Em 2018 a empresa poderá optar por diminuir o investimento em marketing para investir no time de atendimento e sucesso do cliente. O marketing poderá apoiar essa estratégia criando e divulgando conteúdo de qualidade para educar o mercado e seus clientes, aumentando a percepção de valor dos seus serviços.
Quando projetamos uma meta e montamos um orçamento para atingi-la é muito difícil acertarmos na mosca o valor exato, por isso é importante trabalhar com uma margem de segurança.
Imagine uma campanha de anúncios no Google de um escritório de advogados especializados em Direito Imobiliário. No primeiro trimestre de 2017, se ele investiu R$ 3.000 por mês em mídia, seu CPC (custo por clique) médio foi de R$ 2,50 (1.200 cliques) e converteu 2 novos clientes por mês. Ou seja, precisou de 600 cliques (R$ 1.500 de investimento) para adquirir um novo cliente.
Se em 2018 sua nova meta for adquirir 4 novos clientes por mês, olhando para o histórico da campanha bastaria investir o dobro, R$ 6.000 de investimento em mídia, que já seria o suficiente.
Mas quando você se baseia no orçamento anterior, certamente não conta com dados 100% precisos. No caso do nosso exemplo as palavras-chave da campanha inflacionaram porque mais empresas passaram a investir campanhas semelhantes e o CPC, que era de R$ 2,50, passou a R$ 2,80, gerando um aumento de 12%.
Nesse novo cenário seria preciso investir R$ 1.680 para adquirir um novo cliente (R$ 2,80 x 600 cliques) e não mais R$ 1.500 (2,50 x 600 cliques). Isso partindo da premissa de que em 2018 a taxa de conversão 600 cliques para uma venda será a mesma, o que sabemos que também pode variar.
A ideia de trabalharmos com os resultados anteriores é basicamente termos uma média, e não a certeza, de fato. Por isso, é muito importante incluirmos uma margem de segurança, a fim de que o orçamento de marketing não seja comprometido. Nesse sentido, uma folga entre 15% e 20% do valor sugerido é o ideal para mantê-lo organizado.
Vale ressaltar que a pressuposição de investimentos não atende a todas as empresas da mesma forma. Nesse caso, a metodologia funciona mais quando se trata de organizações de médio e grande porte. Nos pequenos negócios, o ideal é avaliar as demandas a partir do limite de recurso disponibilizado, já que muitas vezes não há a possibilidade de haver uma margem. Neste caso as campanhas precisam ser menos agressivas e mais conservadoras, já que o investimento é menor.
O acompanhamento pode ser executado de diversas formas. Aqui na Hubify nossa equipe técnica acompanha semanalmente as estratégias, realizando micro ajustes sempre que for necessário. Além disso, são produzidos relatórios mensais e ainda há uma reunião trimestral com o cliente para avaliar se a estratégia traçada está gerando a performance necessária para alcançar as metas estabelecidas pela empresa.
Claro que essa não é a única forma de monitorar os resultados de um time de marketing. Há muitas formas efetivas, mas pra mim há uma regra de ouro: saiba monitorar a estratégia, o tático e o operacional. No exemplo acima o operacional é medido semanalmente, o tático mensalmente e a estratégia é medida uma vez por trimestre.
“A estratégia sem tática é o caminho mais lento para a vitória” (Sun Tzu, A Arte da Guerra)
Muitos profissionais de marketing focam apenas na estratégia e se esquecem do tático e do operacional, por isso muitas vezes o resultado simplesmente não vem, apesar da estratégia estar perfeita no papel.
O planejamento estratégico é a visão de futuro. É definir onde a empresa quer chegar considerando ambientes internos e externos. Já o planejamento tático é responsável por criar as condições e os caminhos para que o planejamento estratégico seja atingido, enquanto o operacional é o presente, é a execução das ações.
Nesse contexto, a gestão automatizada surge como uma alternativa bastante eficiente e prática. Um dos benefícios da automação está relacionado ao ganho de produtividade. Afinal, os processos otimizados reduzem automaticamente o risco de erros e retrabalhos, o que facilita e também agiliza os afazeres da equipe. Além disso, ter os dados concentrados em uma base melhora a segurança, diminui os custos, aumenta a rentabilidade e potencializa a vantagem competitiva.
Com esse tipo de solução, você se livra dos controles manuais, gera autonomia, agilidade, praticidade e ainda contribui positivamente para os bons resultados do time de marketing. Portanto, utilizar sistemas tecnológicos para administrar as demandas é uma forma de trabalhar com a inteligência de negócios a seu favor, já que nada passa despercebido diante dessas ferramentas de gestão.
Além do mais, o recurso contribui em termos de colaboratividade, comunicação, flexibilidade e mobilidade. Dessa maneira, você mantém os envolvidos focados nos resultados e ainda cria uma cultura de orientação por meio de dados na empresa. Esse, aliás, é um ótimo método para filtrar as informações e melhorar as tomadas de decisão.
Como sabemos, no marketing tradicional é difícil mensurar os dados de forma precisa. Por isso, na maior parte dos casos as referências são imprecisas e difíceis de prever. No entanto, o novo marketing (digital) nos oferece previsibilidade, conteúdo confiável, ROI mensurável e ainda assim é mais barato. Ou seja, temos a chance de otimizar o orçamento e potencializar os resultados por meio desse tipo de cálculo.
O Return on Investment – ROI, que na tradução para o português quer dizer retorno do investimento, é um indicativo importante porque nos revela o quanto de dinheiro ganhamos ou perdemos — e isso nos dá a chance de verificar quais investimentos, de fato, valem a pena. Em outras palavras, pela base do ROI conseguimos elaborar o orçamento de marketing a partir de resultados tangíveis.
Coloque aí tudo o que a empresa arrecadou com as vendas. No caso do setor de marketing, considere todas as conversões (vendas) geradas a partir das campanhas implementadas.
De uma forma geral, trata-se de toda despesa necessária para viabilizar a venda, o que pode envolver tanto o departamento de marketing como o comercial. No caso da aplicação em marketing digital, considere a verba disponibilizada para o pagamento de mídias (Google, Facebook, etc), os gastos referentes à contratação da agência ou profissional terceirizado e por aí vai.
Um caminho que eu utilizo bastante quando estou abrindo um novo projeto é simular o custo por clique das principais palavras-chave para uma empresa. Dessa forma conseguimos estimar quantos cliques cabem dentro do seu orçamento.
Ao saber o número de cliques que cabem em um orçamento a gente consegue estimar o tráfego gerado para a página da empresa e, compondo esse número com o histórico da empresa ou com uma média de mercado, a gente consegue saber quantos clientes aquela campanha poderá gerar com base no percentual de conversão.
Imagine que o CPC (custo por clique) média seja de R$ 2 e que a conversão de visitas na página da empresa/vendas seja de 1,5%. Se a empresa investir R$ 2.000 em mídia paga poderá gerar 1.000 visitas (R$ 2.000 / R$ 2) e provavelmente terá 15 vendas (1.000 visitas x 1,5% = 15 vendas).
A fórmula é bem simples, por isso qualquer um pode usá-la para encontrar respostas fundamentadas.
Vamos voltar ao case do escritório de advocacia especializado em Direito Imobiliário, mas acrescentando mais alguns números. No primeiro trimestre de 2017, se ele investiu R$ 3.000 por mês em mídia, pagou à agência uma mensalidade R$ 1.000 pela gestão da campanha e converteu 2 novos clientes por mês (média de R$ 12.000 por cada contrato novo).
Então, vamos ao cálculo do trimestre:
Custo Trimestral= R$ 3.000 + R$ 1.000 = R$ 4.000 x 3 = R$ 12.000
Receita Trimestral = 2 x R$ 12.00 = R$ 24.000 x 3 = 72.000
ROI Trimestral = 72.000 – 12.000/12.000 = 5
Isso quer dizer que o retorno do investimento foi 5 vezes maior, ou seja, para cada real investido, ele obteve de retorno de R$ 5. Se multiplicarmos esse resultado por 100, teremos um faturamento de 500% o valor do investimento. Logo, a aplicação gerou lucro, e não prejuízo.
Mas você pode argumentar: existe o custo da prestação de serviço (escritório, remuneração do advogado, custos administrativos, impostos e etc), então não é possível dizer que houve lucro. E, você tem razão, por isso antes de definirmos o ROI ideal para uma empresa, precisamos entender também qual sua margem de lucro.
No caso do escritório de advocacia, é bastante comum ver empresas prestadoras de serviços estabelecerem uma margem de lucro mínima de 50%, ou seja, do contrato de R$ 12.000, R$ 6.000 é lucro.
Neste cenário, se a empresa construiu corretamente seu preço, ela já incluiu no cálculo dos custos do serviço o investimento em marketing e aí não há segredo: o lucro por contrato é de R$ 6.000, ou seja, não há dúvidas de que valeu a pena.
Agora, se a empresa não havia incluído o investimento em marketing em seus custos, precisamos descontar dos R$ 6.000 de lucro o valor de aquisição de cada cliente. No nosso exemplo, o custo de aquisição de cada cliente é R$ 2.000 (R$ 3.000 em mídia + R$ 1.000 de fee da agência = R$ 4.000 / 2 clientes por mês). Se o lucro era de R$ 6.000, agora passou a ser de R$ 4.000, ou seja, continuou valendo a pena.
Um orçamento de marketing bem executado geralmente oferece mais segurança para as perspectivas e para os planos da empresa. Por isso, o melhor jeito de comparar expectativa e realidade é entendendo a realidade econômica do empreendimento antes de decidir por essa ou aquela campanha.
Outro ponto importante é fugir das métricas de vaidade, uma vez que elas não geram resultado efetivo, ou seja, vendas. Nesse caso, o número de curtidas em um post só faz sentido se houver vendas, pois é exatamente isso que mantém as operações da companhia a todo vapor. Sendo assim, priorize KPIs que realmente fazem sentido para o desenvolvimento das atividades corporativas.
Se você não sabe o que é marketing de performance, entenda que estamos falando de uma prática do marketing digital focada em resultados. Ele ajuda você a contabilizar bons números, gerar informações relevantes e a obter relatórios coerentes para a análise. Os exemplos mais comuns são:
Ou seja, as deduções são descartadas porque a orientação é pautada em dados concretos, o que permite a equipe experimentar e adaptar o orçamento com mais agilidade. Por falar em performance de experimentação, os conceitos de custo por clique (CPC), custo por mil visualizações (CPM), custo por lead (CPL) e custo de aquisição/conversão (CPA) são muito praticados, já que afastam a hipótese e dão as informações reais.
Para termos uma ideia, quase 80% das empresas já utilizam ferramentas de análise de dados para guiar suas estratégias. O mesmo vale quando o assunto é a criação de conteúdo, já que mais de 70% dos especialistas usam o método de orientação por dados para escolher temas relevantes, de interesse do público em potencial.
Hoje, para ficar no topo do Google, por exemplo, é preciso adotar medidas que favoreçam a inteligência de negócios nas empresas. Se o mercado está praticando, é importante que você não fique de fora.
Além disso, estude os históricos, documente os processos, cruze as informações, examine a flexibilidade das ações e não tenha medo de testar ferramentas e implementar medidas alternativas. Se investir na mídia tradicional é mais caro, no marketing digital você alcança mais gente pagando menos. É claro que não dá para generalizar, pois cada caso é um caso e as particularidades devem ser observadas, analisadas e mensuradas, mas o caminho é esse.
Lidar com o orçamento de marketing não é uma tarefa muito simples. Afinal, um detalhe aqui e outro ali sempre fazem a diferença. No entanto, hoje em dia o gestor pode contar com recursos e ferramentas que tornam o planejamento mais analítico, prático e minucioso. Lidar com as contínuas transformações provocadas, sobretudo pelo uso da internet e das novas tecnologias, implica em criar processos de otimização da verba corporativa.
Agora você consegue ter uma melhor percepção do orçamento de marketing? Viu como as estimativas de custos podem ampliar os horizontes e favorecer os resultados? Então descubra como criar uma estratégia de marketing digital que gere resultados.
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